quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Coppam propõe despoluição visual no conjunto arquitetônico do centro


Para cuidar da despoluição visual na praça do Santíssimo, o presidente do Conselho de Preservação do Patrimônio Municipal, professor Orávio de Campos, está negociando com os proprietários e ou locatários dos prédios situados no mesmo conjunto arquitetônico do Solar Visconde de Araruma, onde está sendo montado o Museu Histórico da cidade.

É que, de acordo com a legislação em vigor, nenhuma propaganda pode ser mais importante do que a representação da arquitetura do prédio tombado pelo patrimônio. “Dessa forma, estamos solicitando aos empresários a retirada do que exceder ao alinhamento do prédio do museu, bem como instalar suas placas de modo a não agredir a paisagem urbanística do centro”.

POSTES – Ao mesmo tempo em que negocia com os empresários, e todos estão atendendo na medida do possível, sem a necessidade de medidas repressivas, o presidente do COPPAM está, também, enviando expediente à Ampla no sentido de que retire os postes do aludido conjunto, bem como a fiação elétrica, principal causa da poluição visual na área cultural.

Como existem outras fiações no conjunto, como de telefonia e televisão a cabo, providência idêntica será solicitada às empresas responsáveis. “Penso que o processo de revitalização do centro histórico pode começar, exatamente, pela alameda esquerda da Praça do Santíssimo”. Aliás, todo o centro histórico será revitalizado com a subterraneidade das atuais redes aéreas.

- Não estamos tendo problemas com os proprietários e ou usuários daquela área. Inclusive a Drogaria Isalvo Lima foi a primeira a atender à nossa solicitação, mas os demais solicitaram um prazo até o final do mês – informou o presidente do COPPAM, para quem se houver a colaboração de todos será mais fácil a construção de uma cidade mais limpa e solidária.

Orávio de Campos finaliza dizendo que no grande projeto de reforma do Solar de Araruama está prevista a despoluição visual. “Temos convicção de que, uma vez organizando a paisagem arquitetônica, as placas de propaganda das lojas serão muito mais visíveis e ai todos nós vamos ganhar, lojistas, poder público e a comunidade de um modo geral”. 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Comissão sugere: lei sobre preservação do patrimônio histórico precisa ser aperfeiçoada



As leis de preservação do patrimônio arquitetônico do município, constantes do Plano Diretor, criado pela Lei 7972, de 31 de março de 2008, foram consideradas importantes, mas precisam ser aperfeiçoadas. Esta foi a decisão da reunião realizada, nesta manhã, pela Comissão de Projetos do COMUDES – Conselho Municipal do Desenvolvimento Sustentável.

O encontro, realizado na ACIC – Associação Comercial e Industrial de Campos -, nesta manhã, contou com representação de entidades, como a ANFEA – Associação Norte Fluminense de Engenheiros e Arquitetos -, e de profissionais e professores da à área – faz parte do trabalho que visa atualizar o Plano Diretor, também em outros setores importantes para a comunidade.

SUGESTÕES  – Para dar consistência ao aperfeiçoamento da legislação, os representates da sociedade e quatro membros do COPPAM – Conselho de Preservação do Patrimônio Arquitônico Municipal – consideraram que o tempo é exiqüo para apresentar o elenco de sugestões e resolveram que uma nova assembléia será realizada, em data a ser definida, para cuidar do assunto

Dentre às sugestões, que chegaram a ser discutidas, consta a da criação de critérios para o tombamento de imóveis públicos e privados. “Realmente o que existem são pontos subjetivos que precisam ser materializados”, disse o presidente do Conselho, professor Orávio de Campos que, como coordenador da Comissão de Projetos, dirigiu a reunião na ausência de seu presidente, Amaro Ribeiro Gomes, que se encontrava em outra reunião na sede da Águas do Paraíba.


Outro assunto polêmico e muito debatido foi o fato de o COMUDES estar desenvolvendo um trabalho integrado para revisar o Plano Diretor quando esta função caberia ao Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. De qualquer forma, os presentes concordam em um ponto: Todos os patrimônios listados no Plano Diretor devem ser, imediatamente, tombados, com os respectivos registros no Livro de Tombos e, ainda, o registro em cartório.

Para o professor Orávio de Campos, o aperfeiçamento à lei torna-se importante porque, sendo os prédios apenas protegidos, os proprietários vem recorrendo à Justiça e, nesse caso, muitos imóveis estão sendo demolidos e transformados em áreas de estacionamento de automóveis, ampliando, ainda mais, o caos no trânsito público no centro da cidade.

Outro assunto a merecer a atenção dos técnicos é a da criação de novas áreas especiais de interesse cultural. “Quando foi criada a lei de preservação, apenas o centro histórico foi contemplado, mas sabemos que existem outras áreas que precisam ser inseridas, principalmente nos bairros e distritos”, finalizou o professor Orávio de Campos.